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2014, 04 24

Indústrias de madeira esperam exportar mais em 2014

Expectativa de crescimento baseia-se na retomada da economia norte-americana e em novos mercados potenciais

Os números dos negócios internacionais da indústria de madeira brasileira começam a refletir a esperada recuperação do segmento. No ano passado, o país embarcou para os Estados Unidos 86 mil metros cúbicos de madeira serrada, contra 70 mil em 2012. A exportação de compensado de pinus também para esse mercado registrou um ganho ainda maior: de 40 mil metros cúbicos em 2012 saltou para 120 mil em 2013. A expectativa para este ano é que o volume embarcado deste produto para os norte-americanos chegue a 143 mil metros cúbicos.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), José Carlos Januário, os Estados Unidos são sempre uma surpresa, mas o cenário é positivo. “A expectativa é de que este ano o cenário seja um pouco melhor do que 2013”, declara Januário.

Oportunidades

Na análise do coordenador do Comitê de Relações Internacionais da Abimci, Isac Zugman, o setor deve estar atento a outras oportunidades de negócios. “Há uma reversão na China, que encontra dificuldades para plantar e já começam a importar lâminas e toras de pinus inclusive do Brasil. No Japão, o volume da economia não decolou no ano passado, mas pode decolar este ano, já que estão previstas produções em larga escala que vão puxar produtos para lá”, avalia.

A Europa, principal destino das exportações de compensado de pinus brasileiro, também deve receber atenção, segundo Zugman. A Alemanha, por exemplo, apesar da recessão, registrou um crescimento da importação de compensado de pinus do Brasil passando de 11.106 mil metros cúbicos em janeiro para 15.092 em fevereiro, fato que, segundo a Abimci, deve-se ao aumento no volume de casas construídas, que vem crescendo desde o primeiro trimestre do ano passado. Países como Bélgica, Itália e Reino Unido também estão compraram mais desse produto brasileiro.

Ainda na Europa, o coordenador aponta outras movimentações importantes que sinalizam boas chances de negócios. “A saída de alguns fabricantes tradicionais do mercado internacional, como os finlandeses, que estão com dificuldades de abastecimento; a falta de produto estrutural na Rússia, obrigando o país a buscar produtos em outros países; e uma boa aceitação do produto brasileiro no Leste Europeu”, afirma.

Outro importante mercado que pode gerar novas oportunidades de negócios para a indústria de madeira brasileira é o da América do Sul. De acordo com dados da consultoria britânica Economist Intelligence Unit divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo, países como Peru, Equador e Chile terão a média de crescimento entre os anos de 2011 e 2013 maiores que o Brasil. “Precisamos ficar atentos para compor nosso pensamento mercadológico”, reforça Zugman.