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2014, 02 16

Setor madeireiro aposta em novas perspectivas para melhorar negócios

Em evento promovido pela Abimci, industriais debateram uso da madeira na construção civil, cenário econômico e a nova política de floresta plantada

A plenária nacional promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), em Curitiba (PR), no dia 24, foi mais um momento importante para o setor. A reunião, marcada pela presença de associados de diferentes regiões do país, foi a oportunidade para a discussão de temas como economia, perspectivas para o segmento, mercado, uso da madeira na construção civil e a nova política de floresta plantada que está sendo desenvolvida pelo governo federal.

O grupo de empresários ficou motivado com a oportunidade que surge com a possibilidade de ampliar o uso da madeira de floresta plantada na construção civil com a eminente aprovação do sistema construtivo wood frame pelo Ministério das Cidades. O diretor da Rede iVerde, José Márcio Fernandes, que comercializa a tecnologia no Brasil, apresentou aos presentes o primeiro condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida, feito com esse sistema, construído em Pelotas (RS). “Com a entrega destas casas, teremos muita visibilidade para a tecnologia desenvolvida no Paraná e, consequentemente, um volume maior de demanda para o setor da madeira”, avaliou o diretor.

Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Paraná (Sinduscon-PR), Euclésio Finatti, que participou da reunião, este é um momento de mudança cultural no país. “Vamos trocar o uso de matérias-primas que degradam o meio ambiente como cimento e aço, pela madeira, que é renovável. É um sistema que veio para ficar”, defende.

A oportunidade que se apresenta para o setor madeireiro pode ser o impulso que as indústrias precisam para voltar a crescer, já que o segmento encolheu no Brasil nos últimos 16 anos, segundo dados apresentados pelo economista chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Segundo o economista, o setor madeireiro não acompanhou o crescimento da indústria brasileira a partir de 2008, período da crise americana que afetou, principalmente, a exportação de painéis de compensado brasileiro para esse mercado.

Embora o comparativo a médio prazo seja desvantajoso para a indústria da madeira, indicadores revelam que em 2013 o desempenho do setor está melhor do que a média da indústria de transformação. Nos últimos 12 meses, até maio de 2013, a indústria teve um aumento de faturamento real de 3,6%, enquanto o setor madeireiro registrou alta de 5,3%. A média produzida como um todo pela indústria cresceu apenas 0,4%, enquanto o segmento da madeira cresceu 8%. E quanto à utilização da capacidade instalada, não houve qualquer variação na média da indústria geral, enquanto na indústria da madeira o indicador teve alta de 2,3%.

Política

Outro assunto de destaque na reunião foi a nova Política Brasileira de Florestas Plantadas, apresentada pelo assessor da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Fernando Castanheira Neto. A SAE vem conduzindo a formulação da Política, que tem como uma das estratégias criar mecanismos de fomento econômico ao setor para atrair investimentos, reduzir riscos e inserir pequenos e médios produtores neste mercado, além de gerar emprego e renda. Durante a reunião, os empresários puderam contribuir com ideias para o documento que está sendo elaborado.

Na avaliação do superintendente da Abimci, Paulo Pupo, esta é a oportunidade pela qual o setor aguardava e, por isso, é importante a participação dos associados no debate de temas relevantes para que soluções conjuntas sejam construídas. “A Abimci tem trabalhado, em parceria com outras entidades, pela desoneração da folha de pagamento e a substituição tributária, que somadas a fatos como o da aprovação do sistema wood frame e a existência de uma política pública de florestas plantadas, contribuirão para o crescimento do setor madeireiro”, afirma.

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Jornalista responsável: Juliane Ferreira

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