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22/09/2017

Economista projeta cenário de recuperação para 2018

Empresários da indústria da madeira tiveram acesso a informações durante reunião promovida pela Abimci e Conselho Setorial da Madeira da Fiep

Com a perspectiva de um cenário de continuidade da política macroeconômica no Brasil, as expectativas são positivas para a retomada do desenvolvimento do país. Essa foi a análise apresentada pela economista da área de Pesquisas Econômicas do Bradesco, Priscila Pacheco Trigo, durante a reunião geral promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) em conjunto com o Conselho Setorial da Madeira da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), na quarta-feira (20).

De acordo com a especialista, a inflação acumulada dos últimos 12 meses ficou em 2,5%, por conta da deflação de alimentos, reflexo da super safra na agricultura, e do câmbio mais estável, que impacta diretamente em bens de uso doméstico, já que entre 15% e 20% são importados, além da desaceleração dos preços de serviços. “A projeção é de que a inflação fique em 3% para este ano, com a possibilidade de um viés menor ainda”, afirmou. Para 2018, a projeção é de que o índice seja de 3,9%. Priscila, no entanto, fez um alerta: “É positivo quando olhamos o endividamento das empresas, pois permite a realização de novos negócios. Mas não é um patamar de equilíbrio”.

Quanto à taxa de juros, os números apresentados pelo banco indicam que devam ficar em 7% a.a. em 2017 e também em 2018. “Hoje, o maior risco que temos, e que pode gerar mudanças nesses índices, ainda é o cenário político, porque afeta as decisões de contas públicas. Estamos na torcida pela aprovação da reforma da previdência, já que a conta não irá fechar nos próximos cinco anos. Somente a mudança na idade mínima já traria economia de 5% do PIB em dez anos”, explicou.

Já a projeção do dólar feita pelo agente financeiro, que impacta diretamente nas estratégias de exportação do setor madeireiro,  é de R$ 3,10 para 2017 e 3,20 no final do ano que vem. Outros índices apresentados pela economista foram do PIB brasileiro de 0,7% este ano e 2,5% em 2018 e um superávit primário de -2,4% (2017) e -2,2% (2018).

 Logística

Os mais de 70 gestores e empresários da indústria da madeira também receberam informações quanto aos trabalhos que estão sendo realizado pela Fiep, com apoio de outras entidades, entre elas a Abimci, o secretário executivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep, João Arthur Mohr, apresentou o andamento do plano de logística, infraestrutura e novos investimentos em portos e ferrovias que poderá melhorar o perfil desempenho da logística do setor produtivo. De acordo com o executivo, a missão é reduzir custo logístico no foco do usuário, garantir fornecimento de energia, ter o acompanhamento e execução de obras e construir a articulação com outras entidades. “Precisamos atrair capital privado para novos investimentos em infraestrutura, que serão fundamentais para a renovação de projetos”, afirmou.

Entre os exemplos de ações práticas que já estão ocorrendo, foi apresentado o trabalho que vem sendo realizado no Porto de Paranaguá, com a ampliação da área de contêineres, construção dos píeres em T e F e novos arrendamentos para aumentar área de armazenagem.

Taxações americanas

A Abimci compartilhou também informações acerca das taxações em curso pelo governo dos Estados Unidos, entre elas a possibilidade da imposição de taxas para empresas chinesas que exportam para os EUA painéis de compensado tropical.

Já a madeira serrada do Canadá teve anunciada uma taxação prévia de 19,8% retroativa a fevereiro de 2017. Algumas empresas tiveram taxações individuais e foi aberto um processo anti-dumping pelos americanos contra um grupo de empresas canadenses. O Canadá fornece 90% da madeira serrada consumida pelos americanos. De acordo com o superintendente executivo da Abimci, Paulo Pupo, ainda é preciso aguardar os desdobramentos dessas decisões, que está sendo discutida no NAFTA.

Fonte: Interact Comunicação – Assessoria de Imprensa Abimci