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Mercado
30/09/2024

O cenário atual do mercado portas de madeira foi apresentado no Woodtrade Brazil

A evolução pela qual o segmento passou e o avanço nos mercados interno e externo foram abordados durante o painel Mercado de Produtos de Madeira 

De julho de 2023 a junho de 2024 foram lançadas 324.868 novas unidades residenciais, um aumento de 50,9% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados constam nos Indicadores Imobiliários Nacionais do 2º trimestre de 2024, divulgados em agosto pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O aumento no número de residências lançadas é um indicador importante para os fabricantes de portas de madeira definirem suas estratégias de produção e venda. Esses indicadores da CBIC foram citados por Robson Luiz Marcon, gerente comercial da Famossul e coordenador do Comitê de Portas da Abimci, durante o painel Mercado de Produtos de Madeira do Woodtrade Brazil.

“O mercado de portas de madeira se baseia nos relatórios elaborados pela CBIC, que têm números muito interessantes tanto sobre o que passou, quanto no que virá. Um dos índices muito interessantes são as unidades residenciais que serão lançadas. Desde 2018 tivemos uma crise forte na construção civil, mas isso melhorou nos pós-pandemia, 324 mil lançamentos de novos imóveis no acumulado dos últimos 12 meses é muito positivo para nós, assim como o número de unidades vendidas”, acrescentou Marcon. 

O empresário destacou, também, a tendência para o consumo de produtos da linha mais econômica. Para ele, apesar dessa mudança, a perspectiva de lançamentos continua alta se comparada a períodos anteriores a 2020.

Quanto ao mercado externo, o segmento exportou 146,7 mil toneladas do produto, sendo os Estados Unidos o maior comprador, com uma fatia de 86,6% desse volume. Em seguida vêm Reino Unido e Porto Rico. “Portas é um produto de grande valor agregado, o mercado de exportação mundial melhorou. Aumentou durante a Covid e hoje está em um patamar melhor do que os anos anteriores à pandemia. O volume em toneladas aumentou também na pandemia e hoje está acima do registrado no período pré-pandêmico”, assinalou Marcon que trouxe uma previsão otimista para o mercado externo. “As exportações vão melhorar, tem uma tendência dos juros americanos baixarem, o que vai ajudar os exportadores, mas precisamos investir em tecnologia”, acrescentou.

Durante o painel, Marcon citou alguns desafios enfrentados pelo segmento de portas de madeira, entre os principais estão as taxas de juros, alta nos preços dos insumos devido ao aumento do dólar, custos elevados de matéria-prima e escassez de mão de obra. “Hoje o turnover de pessoal está grande nas fábricas, o que não ocorre só no Sul do Brasil. Além disso, as obras no Brasil estão andando mais lentamente e isso impacta o mercado porque o fabricante de portas depende do vão da obra medido e das ferragens definidas para colocar os pedidos em produção. As empresas estão com pedidos em carteira, mas com dificuldade nessa definição por parte das construtoras”, disse.

Um importante suporte para que o segmento atenda às exigências da construção civil é o Programa Setorial da Qualidade (PSQ) de Portas de Madeira. Há 12 anos, o programa tem ajudado os fabricantes a se posicionarem e ganharem espaço com produtos certificados que atendem os requisitos das normas técnicas da ABNT. O PSQ Portas trouxe padronização ao produto brasileiro, agregando valor e competitividade ao segmento, o que impulsionou ainda mais essa indústria.