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Mercado
30/09/2024

Panorama sobre exportações de molduras brasileiras é abordado no Woodtrade Brazil

Durante o painel Mercado de Produtos de Madeira, foi discorrido sobre o mercado macro de molduras no contexto internacional 

O segmento de molduras, um dos produtos de madeira processada mais exportados pelo Brasil, foi o tema apresentado por Gian Carlo Marodin, diretor comercial da Millpar e coordenador do Comitê de Molduras da Abimci, durante o painel Mercado de Produtos de Madeira do Woodtrade Brazil. 

Marodin discorreu sobre o fluxo das exportações brasileiras para os Estados Unidos, principal mercado comprador para onde foram destinados 97,3% das 181 mil toneladas exportadas em 2023. “Notamos que houve uma evolução nas exportações que responderam ao crescimento do mercado da construção civil dos EUA”, disse.

De acordo com os dados apresentados pelo empresário, entre os produtos mais exportados estão as molduras tradicionais como guarnições, rodapés, rodaforros, rodameios, batentes de portas internas e externas, entre outros. As molduras brasileiras são os produtos que têm a maior fatia do mercado, principalmente nos EUA. “A produção em volume permanece estável nos últimos três anos e o portfólio está maior”, acrescentou Marodin. 

Ele destacou algumas mudanças no perfil de consumo como a substituição das molduras tradicionais por perfis retos, mais modernos e no estilo arquitetônico chamado Craftsman. Esse fator tem impulsionado o mercado de S4S boards (batentes de portas e molduras retas). “A linha de S4S boards, que são os perfis retos, está crescendo bastante. Além da moldura, o mercado se abre para outros produtos”, acrescentou o empresário.  

Outro ponto abordado no painel foi o avanço dos concorrentes asiáticos no mercado, retomando a posição que tinham antes de 2020.  “A capacidade instalada global foi alavancada nos últimos anos, quando o mercado reagiu à demanda ocasionada pelos efeitos do antidumping e da pandemia”, afirmou. Desde julho de 2022, há um grande excesso de oferta que vem desequilibrando os preços no mercado”, disse.

Segundo ele, nesse cenário de grande competição, os produtores brasileiros vão precisar adequar as estratégias comerciais para manter o market share atual e expandir o mercado, superando desafios que têm impactado a operação como o fornecimento de matéria-prima e os gargalos logísticos e portuários.  “Atualmente temos aumento da capacidade instalada, um excesso de oferta que desequilibrou o preço das toras, nos fretes. Competimos com Chile, Ásia e México. O Brasil não dita preço, o que dita é o desequilíbrio entre a oferta e a demanda”, concluiu Marodin.