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09/03/2016

Potencial da atividade florestal é tema de palestra no Wood Trade Brazil

Joésio Siqueira, vice-presidente da STCP Engenharia de Projetos / foto:Gelson Bampi_Agência Fiep

Joésio Siqueira, vice-presidente da STCP Engenharia de Projetos / foto:Gelson Bampi_Agência Fiep

O mercado florestal brasileiro apresenta inúmeras possibilidades, mas ainda faltam políticas públicas para o setor evoluir. Esse foi um dos pontos abordados por Joésio Siqueira, sócio e vice-presidente da STCP Engenharia e Projetos, durante a sua palestra no encontro Wood Trade Brazil, realizado no dia 8, em Curitiba (PR). Na opinião dele, o potencial do setor florestal é imenso, mas para avançar, seria necessário pensar em estímulos por parte do governo, como acontece em países desenvolvidos.

Durante a palestra “Panorama do estoque florestal brasileiro”, Siqueira ressaltou que o consumo de madeira no Brasil é de 380 milhões de metros cúbicos. 82% da madeira utilizada vêm de plantações florestais. Hoje, a política que sustenta o setor florestal é a política adotada pelo governo na década de 1960, mas, na opinião do vice-presidente da STCP, o setor florestal merecia mais atenção, porque tem grande importância para a economia brasileira.

“Não temos nenhum tipo de diferença da produtividade alcançada pela soja, por exemplo, que está em torno de três e quatro mil quilos por hectare. No setor florestal, nós alcançamos 27 toneladas por hectare por ano”, comenta.

De acordo com Joésio Siqueira, a ciência e a tecnologia adotadas e desenvolvidas ao longo dos anos no setor são muito significativas, gerando bons resultados para os negócios. Existem no Brasil hoje 7,7 milhões de hectares de plantações. Ele lembra que esse total é suficiente para atender à atual estrutura de produção no país. “Mas à medida que evoluímos em ciência e tecnologia, esses 7,7 milhões talvez não sejam suficientes para atender às expectativas de um setor empresarial que quer investir no setor florestal”, afirma.

Na avaliação do vice-presidente, poucas atividades tiveram crescimentos tão expressivos como o setor florestal. A produção aumentou, por exemplo, 25,7% por conta do aumento do consumo de lenha, que subiu 5,7%. O consumo de carvão vegetal subiu 11,5%, o de tora para celulose cresceu 3,5% e a madeira para serraria e laminação, 1,6%.

Sobre a crise, Siqueira reforça que é preciso unir forças e acreditar que o momento ruim vai passar. Para que a mudança aconteça, todos devem trabalhar para buscar o melhor caminho. “Se ficarmos esperando decisões políticas, não vamos conseguir melhorar esse cenário. Temos que fortalecer as instituições como a Abimci, que corre atrás para buscar melhorias. Também precisamos de governança empresarial na gestão florestal. Se não construirmos ações coordenadas, os nossos resultados serão cada vez mais difíceis. O setor florestal veio para ficar e hoje representa 1% do PIB. Poderia ser 10%. São mais de cinco milhões de pessoas relacionadas com a atividade. Também poderia ser mais. Tudo isso graças aos empresários florestais”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa Abimci – Interact Comunicação