Abimci participa de reunião para debater panorama do modal ferroviário
O encontro, realizado no Campus da Indústria, em Curitiba teve participação de usuários, operadores, órgãos anuentes e reguladores do sistema ferroviário
Nesta segunda-feira (15), a Abimci participou de mais uma reunião que discutiu soluções para os processos de exportação. Desta vez o debate foi sobre a malha ferroviária. Participaram representantes de indústrias e organizações usuárias do modal ferroviário e especialistas no tema, além de operadores do sistema e órgãos anuentes.
A reunião é uma continuação da mobilização iniciada em abril, durante reunião organizada pela Abimci em parceria com a Fiep, quando foram analisadas as condições dos portos. O objetivo é discutir em profundidade, com participação dos diferentes atores envolvidos, as condições da infraestrutura logística utilizada pelo setor produtivo e planejar ações efetivas em curto, médio e longo prazo para amenizar os problemas enfrentados hoje.
“Neste encontro abordamos a necessidade de harmonia entre todos os canais relacionados à exportação, por isso, mais uma vez, reunimos um público qualificado, composto por usuários, órgãos anuentes e por aqueles que podem ajudar a direcionar as ações. Precisamos otimizar os modais de escoamento da nossa produção que é robusta. Os números revelam crescimento da produção, porém, a infraestrutura não tem acompanhado nosso crescimento industrial, gerando gargalos preocupantes e que influenciam na sustentabilidade de nossos negócios”, afirma Paulo Pupo, superintendente da Abimci.
O especialista em infraestrutura Luiz Henrique Dividino, ex-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), apresentou um estudo que compreendeu o volume e a movimentação de cargas em todos os modais, abordando chegada, acesso aos portos, em especial sobre o modal ferroviário. “Trazer uma visão integrada, colocando carregamento, chegada no porto e embarque é algo que estamos trazendo à discussão, para que todos entendam que o gargalo não é em um só ponto. O que mais precisamos hoje é de previsibilidade e não estamos conseguindo ter. Por isso estamos tentando construir, neste volume interminável de variáveis, um caminho que tenha início, meio e fim”, afirmou Dividino.
Na ocasião, Jefferson Vasconcelos, secretário da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), falou que as ferrovias foram alçadas ao patamar de secretaria. “Vamos trazer as ferrovias para o contexto nacional de forma mais competitiva, pois nossas ferrovias foram construídas ainda no final do século XIV, numa realidade muito diferente do que vivemos hoje. Por isso, trabalhar as ferrovias é algo que já está sendo balizado pelo Plano Nacional de Logística (PNL)”, afirmou. Vasconcelos falou também sobre o tema estar previsto no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e que buscará investimentos da iniciativa privada.
Entre outras lideranças, autoridades e representantes de empresas e órgãos públicos e anuentes que participaram da reunião, estiveram presentes também representantes do poder legislativo federal, bem como deputados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
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